A invenção do dia
Desconheço aquela paisagem
Que cobria os meus olhos, os meus pés, os meus dedos,
Sirenes do dia
Desconheço o brejo e suas fábricas
As crianças que brincavam comigo,
Que atravessavam a história do beijo
Não desejei perseguir as ruas por onde construí estes descaminhos
Onde ficou o nosso hóspede no momento em que o porão se desfazia
Emparedado à sombra da renúncia?
Assim foi a casa, a cozinha, o quintal
E a fração do almoço,
Como proclamar o diário da boca
E assim a obrigação de dobrar lençóis...
O sol - maior que os quartos - e a terra nos vestiam de intervalos
Entre os inventários, a ruína
O rito das traças, a melodia devorada
Fora da sala o incompleto palácio
E a oração da tarde
A percorrer a ingênua cidade
O anúncio da hora prévia
E exata da verdade
Valberto Cardoso
Areia - PB (1971)
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Valberto Cardoso
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Valberto é mais bela poesia personificada.
ResponderExcluirQue lindo! Senti saudades de um tempo e de um lugar também! Parabéns, adorei!
ResponderExcluirOi valberto...
ResponderExcluirAqui é Ibéria que foi sua aluna no cursinho da UFPB
Procurei de várias formas entrar em contato com você
Você me pediu que lhe avisasse o aviso de quando fosse ocorrer a semana de letras na UEPB
Pois bem
Ela acontecerá de 21 a 23 de setembro
Se quiser manter contato, meu e-mail é:
iberiafarias@yahoo.com.br
Abraço,
Ibéria de Souza Farias
Oi valberto...
ResponderExcluirAqui é Ibéria ( de novo! ) que foi sua aluna no cursinho da UFPB
Procurei de várias formas entrar em contato com você
Você me pediu que lhe avisasse o aviso de quando fosse ocorrer a semana de letras na UEPB
Pois bem
Ela acontecerá de 21 a 23 de setembro
Se quiser manter contato, meu e-mail é:
iberiafarias@yahoo.com.br
Não o conheci por acaso... não o admiro por acaso... jamais o esquecerei... por acaso é possível viver sem poesia!... sem sentir! sem respirar o mesmo ar que respiram os poetas... Não!! Quero a proximidade dos que sentem... enxergam... escrevem... revelam-se através da alma exposta...
ResponderExcluirObrigada por existires!
Beto Cardoso, meu amigo... você merece cada elogio a você dedicado.